quarta-feira, 9 de junho de 2010

Enfim, sinto falta de mim...

~Não era isso o que eu queria para mim!
~Hoje me encontro de uma maneira que jamais queria estar. Tenho perdido todos os meus melhores valores, meus melhores amigos e meus maiores sonhos. Como pode alguém se tornar tão diferente do que sempre foi? Não sei mais onde estou, ou mesmo se um dia chegarei a algum lugar.

~Sinto falta dos amigos, que hoje não reconheço por não me reconhecerem... Sinto falta de ter prazer em acordar cedo e de ter prazer em ir para a aula, em estudar, em ser feliz com toda aquela luta diária. Sinto falta de tudo o que era importante e hoje não é mais.

~Acho que não fiz a melhor escolha... Nunca quis voltar atrás por nada, mas hoje quereria se pudesse. Não se encontrar no que se faz não é novidade para mim, mas eu me satisfazia com edificações e tudo o que o englobava. A felicidade me felicitava. E hoje eu não encontro nada no que faço: prazer, vontade ou quem dirá a felicidade. E não sei para onde seguir. Sabe como é se sentir torpor? Você simplesmente dá passos pequeninos (de milímetros), que não fazem a menor diferença e vai vivendo sem sentir e saber nada.

~E me sentir completa é a última coisa que tenho sentido... Chega a ser engraçado, de tão ridículo que é. Queria que tudo fosse especial, mas eu não sei mais me entregar. É por isso que está tão complicado e a culpa é, também, minha. Queria me importar com as pessoas e não só comigo mesma. Eu sei que tenho sido uma egoísta. Isso se traduz em minha busca por atenção, que nunca é saciada.

~Prestes a fazer 19 anos e não tenho nada, nada mesmo. Tudo o que possuía foi arrancado de mim e até meu eu se perdeu. Queria poder voltar atrás e me recolher para ser tudo o que sempre sonhei. O mundo não é o meu mundo, aquele que eu sempre criei para me ver livre disso que chamam de viver. “Eu me tornei tudo que um dia odiei e chamam isso de amadurecer.”

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